Quando uma pessoa é confrontada com situação de ameaça à sua integridade física, seja num contexto em que está prestes a ser agredida, ou na iminência de se envolver num acidente é frequentemente experienciada a reação de medo. Essa reação é composta de respostas comportamentais (olhos arregalados, tremores, imobilidade inicial com fuga posterior, etc.) e fisiológicas (aumento do tônus muscular, irregularidade dos movimentos respiratórios, aceleração dos batimentos cardíacos, etc.), e geralmente é tida como uma experiência extremamente desagradável.
Mas, quando o perigo é vago e persistente, pode-se experienciar ansiedade. A ansiedade é um estado de apreensão diante do contexto de ameaça que não está muito claro ou diante da situação de conflito, em que tanto conseqüências boas quanto ruins podem se seguir a algumas das nossas ações. Tanto o medo quanto a ansiedade são estados corporais que envolvem alterações comportamentais e fisiológicas normais quando apresentados em situações de ameaça “concreta” àquele que os experiencia. Entretanto, níveis intensos de medo e/ou ansiedade podem ser apresentados em contextos rotineiros, tais como dirigir um carro, falar em público, ir ao trabalho ou cumprimentar uma pessoa conhecida. Esses níveis descontextualizados e disfuncionais de ansiedade podem perturbar o desempenho de tarefas, prejudicar o raciocínio e comprometer uma vida saudável. São exemplos de ansiedade disfuncional: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do estresse pós-traumático.
Já o medo exagerado com consequente evitação de situações relacionadas com o evento/objeto temido é conhecido como fobia. Como exemplos de fobias temos: agorafobia, fobias específicas (de animais, de viajar de avião, de lugares fechados) e fobia social.
André Pinto
Sem comentários:
Enviar um comentário