quarta-feira, 21 de março de 2012

Importância do grupo de pares na adolescência


A maioria dos adolescentes, inevitavelmente dá muito mais importância ao seu grupo de amigos do que à sua família. O que acontece de facto, é que os adolescentes precisam dessa convivência para desenvolver habilidades sociais que começou a adquirir com a família.  Papéis sociais importantes como liderança, par sentimental, amizades permanentes, palhaço, negociador e tantos outros, só são aprendidos na convivência com o grupo de pares. No período da adolescência os amigos, assumem um papel fundamental. São os amigos da mesma idade e com as mesmas características que possibilitam ao jovem enfrentar as modificações que se vão operando no corpo e no seu modo peculiar de ver e sentir a realidade. São os jovens que integram o grupo de pares que entendem melhor as suas ideias, pois comungam dos mesmos interesses, das mesmas aspirações e estão dispostos a enfrentar os mesmos desafios. 


Isto é, o jovem vê reflectido no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com "maneiras de estar" divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria "maneira". O grupo permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da personalidade. A formação de identidade envolve a criação de um sentido de unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si e reconhecida pelos outros, como tendo uma certa consistência ao longo do tempo.


Flávia Ferreira

Socialização

Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria. É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável. O processo de socialização inicia-se, contudo, após o nascimento, e através, primeiramente, da família ou outros agentes próximos, da escola, dos meios de comunicação de massas e dos grupos de referência que são compostos pelas nossas bandas favoritas, atores, atletas, super-heróis. 

Tipos de socialização: 
Socialização primária: onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
Socialização secundária: todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de pares, no trabalho, nas atividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.


Flávia Ferreira

segunda-feira, 19 de março de 2012

As influências do grupo

No interior do grupo os seus membros interagem influenciando-se mutuamente. A necessidade de pertencer ao grupo e de ser aceite leva a que as pessoas adoptem comportamentos, atitudes e valores assumidos pelos outros elementos do grupo. Esta manifestação de influência social designa-se por conformismo.

Inconformismo (relacionado com auto-estima) – designa a atitude de não seguir o que está socialmente estabelecido e não corresponder às expectativas dos outros. Se o indivíduo não cumpre com as normas prescritas para o seu papel, pode sofrer sanções negativas ou mesmo ser marginalizado.

Na adolescência os grupos desempenham um importante papel no processo de desenvolvimento. O grupo de pares (constituído por jovens da mesma idade) vai ter como função formar modelos de identificação que anteriormente eram representados pelos pais. É um processo importante na formação da autonomia, dado que é no contexto do grupo que o adolescente vai discutir as suas escolhas, os seus projectos. É no grupo que experimenta, que ensaia diferentes papéis sociais e onde encontra apoio e compreensão para os problemas que está a viver. Partilha com o grupo normas, valores e crenças desenvolvendo atitudes de conformismo. O conformismo ao grupo, é aliás, uma das características da adolescência: assegura a sua aceitação, como membro do grupo promovendo sentimentos de segurança e confiança.




                                                                                                                                           André Pinto

Diversidade Cultural

A diversidade cultural são as diferenças culturais que existem entre o ser humano. Há vários tipos, tais como: a linguagem, danças, vestuário e outras tradições como a organização da sociedade. A diversidade cultural é algo associado à dinâmica do processo associativo. Em outras palavras, o todo vigente se impõe às necessidades individuais. A cultura insere o indivíduo num meio social.
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. 


Cultura Portuguesa
Folclore Português
A cultura portuguesa tem as suas raízes na cultura celta, ibérica, germânica e romana. A diferenciação cultural dos portugueses manifesta-se através dos tipos de habitação, das manifestações religiosas, da gastronomia e do folclore, ou até das calçadas tipicamente portuguesas e da azulejaria.
Tanto a música tradicional portuguesa como a música erudita clássica e contemporânea são altamente diversificadas e dinâmicas. A música mais tradicional retrata a cultura e história do país; as outras mais recentes, surgem de influências exteriores tais como de África, Brasil ou EUA.
O folclore português é muito variado, pois cada região do país tem as suas tradições. As danças folclóricas são danças populares para toda a gente. Mais recentemente apareceram danças mais eruditas, executadas por bailarinos profissionais.
A população portuguesa é maioritariamente católica, devido sobretudo à tradição e às circunstâncias históricas que Portugal teve e viveu no passado. Portugal tem ainda uma presença relativamente significativa de evangélicos (ou protestantes) e de testemunhas de Jeová. Os judeus, os anglicanos, os islâmicos, os hindus, os ortodoxos, os bahá'ís, os budistas, os gnósticos e os espíritas são os restantes grupos religiosos minoritários.
Galo de Barcelos
Curiosidade: Segundo a lenda, os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência. Levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem." Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se da mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito.


Cultura Indiana
 Bharatanatyam
A cultura indiana é muito rica e diversificada. É uma cultura milenar que recebeu, com o passar dos séculos, várias influências orientais e ocidentais. Representa uma das civilizações mais antigas da história.
A dança mais popular da Índia é a Bharatanatyam. É uma dança clássica tradicional, onde os dançarinos fazem lindos e suaves movimentos e poses.
A música tradicional  indiana é resultado da fusão musical dos diversos grupos étnicos e linguísticos da região. Um dos instrumentos musicais mais utilizados na musica tradicional indiana é a tambura (instrumento de cordas).
Tambura
A religião na Índia é muito forte, pois esta região é considerada um dos berços religiosos das civilizações antigas. Grande parte dos indianos é seguidora do hinduísmo. Porém, existem também praticantes do islamismo, budismo, jainismo, siquismo e cristianismo.
Curiosidade: Alguns animais para os indianos são considerados sagrados e por isso eles não se alimentam de carne principalmente vacas, elas são sagradas para eles, por
 ser uma fonte de leite, e também importante ingrediente para o iogurte.



Flávia Ferreira

sábado, 17 de março de 2012

Redes de comunicaçao


Redes centralizadas:
- Redes em que toda a comunicação passa por um elemento do grupo e é esse elemento que decide se a comunicação é passada para os outros elementos ou não;
-Em tarefas simples a informação circula rapidamente e com poucas distorções; permitem rapidez e eficácia;
-O nível de satisfação dos membros do grupo é baixo;
-Rede em estrela e rede em Y.

Redes descentralizadas:
-Nenhum elemento tem acesso privilegiado à informação;
-A comunicação circula entre todos os elementos que interagem livremente;
-É um tipo de rede que favorece a resolução de problemas complexos no entanto a possibilidade de distorção é maior;
-O nível de satisfação e segurança dos membros é maior do que nas redes centralizadas;
- Rede em círculo e em cadeia.

Grupo organizado em estrela:
Rede centralizada;
Cada membro só pode comunicar com o chefe;
O líder detém e controla toda a informação;
Maior rapidez na resolução de problemas;
Numero de mensagens reduzido;
Erros cometidos, considerados irrelevantes.










Grupo organizado em círculo:
Rede descentralizada;
Os elementos do grupo podem comunicar livremente entre si;
Desperdício de tempo a resolver os problemas;
Erros e mensagens em maior numero;
Maior satisfação na realização de tarefas;
Novas ideias bem aceites.

Grupo organizado em cadeia:
Rede descentralizada;
Mensagens transmitidas correm risco de se perder ou modificar;
Comunicação mais lenta.
André Pinto




sexta-feira, 16 de março de 2012

As Atitudes

As atitudes são consideradas predisposições internas (do próprio organismo), estáveis e duradouras, para que as pessoas se comportem ou reajam de determinada forma em relação a outras pessoas, objectos ou situações específicas.
Para o psicólogo americano Gordon Allport, o conceito de atitude é o mais importante dentro da psicologia social, sendo esta, para ele e muitos outros psicólogos, o estudo científico das atitudes dos humanos.
A grande maioria dos estudiosos ditam que as origens das atitudes são culturais (tendemos a assumir as atitudes que prevalecem na cultura em que nascemos e crescemos), são familiares (parte das nossas atitudes são adquiridas dentro da estrutura familiar e passam de geração em geração) e são pessoais (porque também são resultantes da nossa própria experiência). Contudo, para os psicanalistas elas têm origem principalmente nas relações familiares.
Do ponto de vista da Psicologia Social, as escolas e todas as instituições educacionais, a influência da autoridade, a publicidade e de uma maneira geral, todos os agentes que contribuam para a mudança do nosso comportamento, são considerados causas importantes para a formação das atitudes dos humanos.
Uma atitude comporta três componentes: representa uma tendência para agir de determinada forma (tendência de resposta manifesta), inclui uma crença ou um conjunto de crenças (componente ideacional) e, por último, comporta uma componente afectiva uma vez que uma pessoa tem sentimentos definidos acerca das pessoas, objectos ou situações com que a atitude está relacionada.

André Pinto

quinta-feira, 15 de março de 2012

Medula Espinal

Medula espinal


A medula espinal, espinal medula ou medula espinhal é a porção alongada do sistema nervoso central, é a continuação do encefalo, que se aloja no interior da coluna vertebral em seu canal vertebral, ao longo do seu eixo crânio-caudal. Ela se inicia na junção do crânio com a primeira vértebra cervical e termina na altura entre a primeira e segunda vértebra lombar no adulto, atingindo entre 44 e 46 cm de comprimento, possuindo duas intumescências, uma cervical e outra lombar. Na anatomia dos seres humanos, em pessoas do grupo humano de origem caucasóide a medula espinhal termina entre a primeira e segunda vértebra lombar, enquanto que em pessoas de origem negróide ela termina um pouco mais abaixo, entre a segunda e a terceira vértebra lombar.


Na medula espinhal residem todos os neurónios motores que enervam os músculos e também os eferentes autónomos. Recebe também toda a sensibilidade do corpo e alguma da cabeça e actua no processamento inicial da informação de todos estes inputs (neurónios sensitivos).


É anatomicamente segmentada, embora não o seja muito evidente, apresentando as suas radículas posteriores a entrarem através de um sulco longitudinal posterolateral bem definido enquanto as suas radículas anteriores a abandonam desalinhadas descrevendo-se usualmente um sulco longitudinal anterolateral, muito embora este esteja estruturalmente mal definido.


As radículas dorsais e ventrais por sua vez coalescem em raízes ventrais e dorsais respectivamente e as últimas unem-se para formar os nervos raquidianos. Cada raiz dorsal, apresenta um gânglio dorsal raquidiano proximal à junção da raiz dorsal com a raiz ventral e este gânglio contém os corpos celulares dos primeiros neurónios aferentes (neurónios sensitivos primários) cujos prolongamentos axonais entram através das radículas posteriores para sinaptizar na medula.




                                                       



Pedro Faria




terça-feira, 13 de março de 2012

O Fenómeno da Liderança



A liderança é o processo mediante o qual certos indivíduos motivam, mobilizam e dirigem os elementos do grupo a que pertencem para a realização de objectivos e para a satisfação de necessidades.
Praticamente todos os grupos, independentemente da sua dimensão e do seu grau de formalidade têm um líder.
Uns são nomeados ou designados, outros eleitos e outros emergem informalmente decorrer da interacção formal.


O que é um líder ?

Um líder é um indivíduo que tendo mais impacto do que os outros no comportamento e atitudes do grupo, orienta as suas características, dá ordens, toma decisões, resolve conflictos, serve como modelo, domina conhecimentos e competências e responde pelas suas acções e pelas do grupo.



Qualidades típicas de um líder :


  • É frequente que um líder se destaque pela competência em actividades que ajudem o grupo a atingir determinados objectivos;

  • Os líderes tendem a possuir inteligência interpessoal que contribui para uma bem sucedida interacção entre os elementos do grupo;

  • Os líderes estão motivados para o sucesso e para o poder;

  • O domínio de informação é uma posição privilegiada no que respeita aos canais de comunicação do grupo.


Tipos de liderança :

Líder autoritário:

a sua acção centra-se mais na realização de tarefas ou objectivos do que nos aspectos emocionais ou interpessoais da interacção grupal;

Planifica as actividades do grupo definindo os objectivos e o caminho para os alcançar;

Não utiliza um critério objectivo na distribuição de recompensas, elogios, críticas;

Não participa na realização de tarefas do grupo;

Decide sozinho e só depois informa os restantes membros do grupo e distribui as tarefas.

 Grande produção mas pouca satisfação com o ambiente  e dos membros que realizam as tarefas .


Líder democrático:

A sua acção, dando importância à realização dos objectivos pretendidos, valoriza também de modo assinalável os aspectos emocionais da interacção do grupo;

Define objectivos mas sugere ou aceita sugestões sobre os métodos para as alcançar;

Procura ouvir opiniões antes de decidir e acompanha de perto a realização das tarefas que os membros do grupo escolheram;

Discute os problemas com o grupo preferindo decisões colectivas e consensuais;

Procura ser objectivo na atribuição de recompensas e nas apreciações do trabalho realizado.

 Produz menos, mas a criatividade é maior; ambiente satisfatório e gratificante


Líder permissivo:

Deixa o grupo decidir quais os objectivos a alcançar e os métodos utilizados;
Prefere não se envolver nas decisões;
Confia na capacidade de auto-sugestão do grupo e envolve-se muito pouco nas actividades;
Evita avaliar o comportamento dos elementos do grupo.



Ana João

segunda-feira, 12 de março de 2012

Conflitos num grupo

Segundo Thomas (1976), um conflito trata-se de "um processo que tem início quando uma parte percebe que a outra frusta ou vai frustrar algo que deseja", isto é, os elementos constituintes do grupo entram em contradição porque têm pontos de vista diferentes acerca de algo em concreto. Acontece que este conflito, tal como acontecia na competição, possui dois pontos de vista: um mais tradicional que defende que o conflito apenas prejudica as relações e um ponto de vista mais actual que assume que o conflito é também fonte de progresso e desenvolvimento.

Num grupo poderão gerar-se vários tipos de conflito:
- Conflitos intra pessoais: por exemplo, quando estamos extremamente indecisos, estamos em conflito connosco próprios em relação a duas afirmações,em que uma não consegue ganhar peso sobre a outra.
- Conflitos interpessoais: ou ficam as duas pessoas satisfeitas, ou ficam as duas insatisfeitas ou um poderá ficar satisfeito e outro insatisfeito ao fazer-lhe a vontade.
- Conflitos organizacionais

E, face a estas situações conflituosas poderemos adoptar três tipos de atitudes:
- Negar/Evitar: Não chega a existir um conflito propriamente dito porque o evitamos, escapamos.
- Desactivar: Oferecemos a "vitória" ao outro na tentativa de desactivar o conflito.
- Confrontar: Ambas as pessoas entram numa disputa para ver qual dos dois sairá vitorioso.

Digamos que a dinâmica do conflito no local de trabalho poderá ser visto sob a forma de um Icebergue, o chamado "Icebergue Pessoas", segundo Cloke & Goldsmith (2000), no qual consta um lado visível, à superfície, que representa tudo aquilo que mostramos ser aos colegas que trabalham connosco, e um lado oculto, em profundidade, que esconde mil e uma questões que poderão ser o suficiente para despoletar um conflito:

Portanto, o melhor modo de resolver questões conflituosas em grupo será focalizar-nos em nós (é importante que compreendamos e reconheçamos cada bocadinho do nosso "Icebergue Pessoal"), ser curioso ao ponto de escutar empaticamente o outro, desenvolver a honestidade em relação a nós mesmos, e que nos permite também ser honestos em relação aos outros e aceitar novas perspectivas sem vergonhas, raiva ou criticismos.
Já agora, aproveitem para evitar todo o tipo de juízos predefinidos porque, partindo do pressuposto que não somos melhores do que ninguém e que ninguém é melhor do que nós, seremos com certeza mais capazes de nos encaixarmos enquanto grupo funcional.

Luís Rocha

Sociologia

Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer verdadeiros grupos sociais.
Podemos definir que grupo social como um sistema de relações sociais, de iterações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido como uma colecção de várias pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obrigações  e compartilhem uma identidade comum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo.
Enquanto um agregado incluir várias pessoas somente, um grupo, em sociologia, exibe coerência em um grau maior. No grupo podem compartilhar-se interesses, valores, raízes étnicas ou linguísticas e parentesco. Já a diferença quanto a sociedade não é apenas quantitativa, ou seja, um grande grupo não é necessariamente uma sociedade; a sociedade deve ter aspectos não-essenciais ao grupo, como uma localização espacial, uma cultura auto-suficiente e um mecanismo de reprodução e renovação dos membros.
Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjectiva. Outra característica é que estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência de grupo (“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objectivos em comum.

Grupos primários consistem em grupos pequenos com relações íntimas; famílias, por exemplo. Podem ser caracterizados por contactos directos ou indirectos, como corresponder-se com um irmão em outro país via e-mail. Eles geralmente mantêm-se durante anos.
os grupos secundários, em contraste com grupos primários, são grupos grandes cujas relações são apenas formais e institucionais. Alguns deles podem durar durante anos mas alguns podem desaparecer depois de uma vida curta. Os termos grupo primário e grupo secundário foram criados por Charles Cooley.
Grupos intermediários são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contactos sociais: primários e secundários; um exemplo desse tipo de grupo é a escola.

Uma das mais belas funções de um grupo é ser unido em um só propósito.
Luís Rocha

Psicologia de Grupo Segundo Freud

O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo; e esse resultado só pode ser alcançado pela remoção daquelas inibições aos instintos que são peculiares a cada indivíduo, e pela resignação deste àquelas expressões de inclinações que são especialmente suas. Aprendemos que essas consequências, amiúde importunas, são, até certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto não contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas à intensificação das emoções e à inibição do intelecto nos grupos primitivos.

Sigmund Freud, 'Psicologia das Massas e a Análise do Eu'

A Psicologia Social - é a ciência que procura compreender os “comos” e os “porques” do comportamento social. A iteração social, a interdependência entre os indivíduos e o encontro social. O seu campo de acção é portanto o comportamento analisado em todos os contextos do processo de influência social.

Estuda as relações interpessoais:
- influências;
- conflitos; comportamento divergente
- autoridade, hierarquias, poder;
- o pai, a mãe e a família em distintos períodos históricos e culturas
- a violência doméstica, contra o idoso, a mulher e a criança

Investiga os factores psicológicos da vida social:
- sistemas motivacionais (instinto);
- estatuto (status) social;
- liderança;
- estereótipos (estigma);
- alienação;
- Identidade, valores éticos;

Analisa os factores sociais da Psicologia Humana

- motivação;
- o processo de socialização
- as atitudes, as mudanças de atitudes;
- opiniões / Ideologia, moral;
- preconceitos;
- papéis sociais
- estilo de vida.

Luis Rocha

Conceito de grupo e tipologia dos grupos



É uma unidade social, um conjunto de indivíduos, mais ou menos estruturada, com objectivos e interesses comuns cujos elementos estabelecem entre si relações e interagem.

Um conjunto de pessoas constitui um grupo quando estas:

Interagem com frequência
Partilham normas e valores comuns
Participam de um sistema de papéis
Cooperam para atingir determinado objectivo
Reconhecem e são reconhecidos pelos outros como pertencentes do grupo

Os grupos diferenciam-se nestes aspectos:

Dimensão: quanto mais amplo um grupo formais formal ele se torna e menor a interacção pessoal entre os seus membros

Duração: as famílias são grupos que sobrevivem as muitas gerações; as associações de estudantes ao fim de alguns anos acabarão por se desfazer

Valores objectivos: a associação portuguesa de luta contra o cancro difere nitidamente dos membros de um clube recreativo

Amplitude das actividades realizadas: grupos como a família envolvem-se numa grande diversidade de actividades, o que não acontece num grupo de basquetebol.


Tipologia dos grupos: 

Grupos primários: unidades sociais cujos membros contactam directamente. Os grupos primários são normalmente pequenos e o contacto entre os seus membros é frequente. Grupo baseado em vínculos afectivos.
Ex.: Família, grupo de amigos

Grupos secundários: unidades sociais cujos membros comunicam mais indirecta do que directamente entre si, sendo escassa a vinculação afectiva e limitando-se a solidariedade a um campo de interesses normalmente de natureza laboral e formal.
Ex: um sindicato, uma empresa, um partido político

Grupos formais: é um grupo hierarquizado segundo normas que definem com exactidão o papel dos seus membros, estando as regras de funcionamento, na maior parte dos casos, expressa por escrito num regulamento interno. São grupos relativamente estáveis e duráveis
Ex: família, empresa, concelho executivo

Grupos informais: grupos cujos laços afectivos estão mais vinculados em gostos e interesses comuns. Não há hierarquias fixas, podendo contudo haver liderança. São grupos efémeros, como por exemplo o grupo do liceu.



Ana João

domingo, 11 de março de 2012

Grupo de Pares

Um grupo não é um mero somatório de pessoas, pois nesse caso referimo-nos a ajuntamentos ou a multidões. Deste modo, define-se grupo como uma «unidade social constituída por pessoas com papéis interdependentes orientadas para objectivos comuns e que regulam o seu comportamento por um conjunto de normas» estabelecidas pelos próprios elementos do grupo. Como facilmente se constata é na adolescência que as pessoas dedicam mais tempo a passear, falar ou apenas a estar com os amigos da mesma idade. O facto dos membros ao pertencerem a esse grupo prepara simultaneamente a sua pertença na comunidade mais abrangente, a sociedade. Nesse sentido, ser membro de uma comunidade implica primeiramente e a um nível mais básico, tornar-se membro da comunidade de pares. A comunidade de pares revela-se, portanto, uma base essencial de aprendizagem do jovem para que se torne num membro do próprio sistema social. Para além de promover as competências sociais, o grupo de pares ainda contribui notavelmente para o desenvolvimento psicológico do adolescente. Esse desenvolvimento decorre necessariamente da interacção do sujeito com o grupo de pares, uma vez que ao interagir com os outros o jovem irá gradualmente definir-se enquanto pessoa. Assinalados todos estes motivos é compreensível que seja vital para um jovem sentir-se parte de um grupo visto beneficiar positivamente da acção dos pares no seu desenvolvimento psicossocial. A par disso, a existência de pressões incentivam a agregação dos jovens em grupos na medida em que a sociedade está mais receptiva à inserção de um sujeito afiliado a um grupo do que uma pessoa que se encontre à parte.


João Ribas

Exclusão Social

Exclusão social refere-se a dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo de uma determinada sociedade. Estes grupos excluídos ou, que sofrem de exclusão social, precisam assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceitos pela sociedade que os rodeia. O termo exclusão social teve origem na França e, no modo francês de classificação social, neste caso, especificamente relacionado com pessoas ou grupos desfavorecidos. O sociólogo francês Robert Castel (1990), definiu a exclusão social como o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, sendo este, um processo no qual o indivíduo se vai progressivamente afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma. A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Um trabalhador de uma classe social baixa, pode ser pobre e estar integrado na sua classe e comunidade. Deste modo, factores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o sejam. Existem diversos tipos de exclusões sociais, Alfredo Bruto da Costa (2009) referiu que exclusões sociais deveriam ser definidas conforme as causas que apresentavam e os efeitos que exigiam. Nesta perspectiva, o autor categorizou as exclusões sociais de cinco modos:
•A exclusão de ordem económica;
•Social;
•Cultural;
•Patológica;
•Comportamentos autodestrutivos.


João Ribas

Aculturação

Aculturação é um termo criado inicialmente por antropólogos norte-americanos para designar as mudanças que podem acontecer numa sociedade diante da sua fusão com elementos culturais externos, geralmente por meio de dominação política, militar e territorial. Porém, segundo o historiador francês Nathan Watchel, aculturação é todo fenómeno de interacção social que resulta do contacto entre duas culturas, e não somente da sobreposição de uma cultura a outra. Já Alfredo Bosi, em Dialéctica da colonização, afirma que esse fenómeno provém do contacto entre sociedades distintas e pode ocorrer em diferentes períodos históricos, dependendo apenas da existência do contacto entre culturas diversas, constituindo-se, assim, um processo de sujeição social. A maioria dos autores acredita que a aculturação é sempre um fenómeno de imposição cultural.
Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra, formando uma nova cultura diferente. Além disso, aculturação pode ser também entendida como a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. Um exemplo é o Brasil que adquiriu traços da cultura de Portugal, da África, que juntamente com a cultura indígena formou-se a cultura brasileira.
Com a crescente globalização, um novo entendimento de aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais na sociedade. Pela proximidade a grandes culturas e rapidez de comunicação entre os diferentes países do globo, alguns autores sustentam que cada cultura está a perder a sua identificação cultural e social, aderindo em parte a outras culturas. Um exemplo disso são elementos da cultura ocidental que são cada vez mais homogéneos em muitos países distintos. Mesmo assim a aculturação não tira totalmente a identidade social de um povo, crendo-se que talvez no futuro não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje ainda se observa, em especial entre o Oriente e o Ocidente.



João Ribas

sábado, 10 de março de 2012

Comunidade diferente de sociedade?!

Comunidade e sociedade são as uniões de grupos sociais mais comuns dentro da Sociologia. Sabemos que ninguém consegue viver sozinho e que todas as pessoas precisam umas das outras para viver. Essa convivência caracteriza os grupos sociais, e dependendo do tipo de relações estabelecidas entre as pessoas, esses grupos poderão se distinguir.
A comunidade é a forma de viver junto, de modo íntimo, privado e exclusivo. É a forma de se estabelecer relações de troca, necessárias para o ser humano, de uma maneira mais íntima e marcada por contatos primários. Sociedade é uma grande união de grupos sociais marcada pelas relações de troca, porém de forma não-pessoal, racional e com contatos sociais secundários e impessoais.
As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irá prevalecer as relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o que irá valer é o uso da razão.
Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente. Não há o estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com o outro indivíduo, fato que marca a comunidade. Por isso, é fundamental haver um aparato de leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade, tendo no Estado, um forte aparato burocrático, decisor e central nesse sentido.


Sérgio Freitas

sexta-feira, 9 de março de 2012

Socialização: a importância na nossa vida

De certeza que a maioria das pessoas já ouviu falar em socialização. No entanto, muitas delas não sabe o que significa essa palavra. A socialização é o processo através do qual nós vamos interiorizando hábitos e características que nos tornam membros de uma sociedade. A socialização é um processo contínuo, que se inicia após o nascimento e se faz sentir ao longo de toda a nossa vida, terminado apenas quando morremos porque o nosso cérebro deixa de funcionar.
Podem ser referidos dois tipos de socialização: a socialização primária e a secundária.
Podemos definir socialização primária como sendo o processo pelo qual os seres humanos aprendem as coisas mais básicas da vida, tais como comer com talheres, andar, falar, vestir-se sozinhos, entre muitas outras. Estas “regras” são-nos ensinadas fundamentalmente pelos nossos pais e pela escola. Por exemplo, quando aprendemos a falar estamos a sofrer um processo de socialização primária e quem nos faz passar por esse processo são os nossos pais. É este conjunto de “regras” que faz com que estejamos integrados numa determinada sociedade. Como tal, este processo constitui um papel imprescindível na nossa vida.
Relativamente à socialização secundária, esta também é um processo de aprendizagem mas, tal como o nome indica, é secundária. Isto significa que sofremos este processo quando nos deparamos com novas e diversas situações ao longo da vida e temos de nos adaptar a essas situações. Por exemplo, quando nos casamos temos de nos habituar a uma nova forma de vida, viver com uma pessoa, partilhar os mesmos problemas, etc. Nem sempre é fácil uma adaptação a novas situações porque quando nos acomodamos a uma certa situação temos dificuldade em aceitar que a vida muda e já não é da mesma  forma. Ao longo de toda a nossa vida estamos constantemente a ser postos à prova e a passar por processos de socialização secundária. Cada nova situação que nos surge é uma nova adaptação que sofremos.

André Pinto

Ansiedade, medo e fobia

Quais as diferenças entre ansiedade, medo e fobia?

Quando uma pessoa é confrontada com situação de ameaça à sua integridade física, seja num contexto em que está prestes a ser agredida, ou na iminência de se envolver num acidente é frequentemente experienciada a reação de medo. Essa reação é composta de respostas comportamentais (olhos arregalados, tremores, imobilidade inicial com fuga posterior, etc.) e fisiológicas (aumento do tônus muscular, irregularidade dos movimentos respiratórios, aceleração dos batimentos cardíacos, etc.), e geralmente é tida como uma experiência extremamente desagradável.

Mas, quando o perigo é vago e persistente, pode-se experienciar ansiedade. A ansiedade é um estado de apreensão diante do contexto de ameaça que não está muito claro ou diante da situação de conflito, em que tanto conseqüências boas quanto ruins podem se seguir a algumas das nossas ações.                                                              Tanto o medo quanto a ansiedade são estados corporais que envolvem alterações comportamentais e fisiológicas normais quando apresentados em situações de ameaça “concreta” àquele que os experiencia. Entretanto, níveis intensos de medo e/ou ansiedade podem ser apresentados em contextos rotineiros, tais como dirigir um carro, falar em público, ir ao trabalho ou cumprimentar uma pessoa conhecida. Esses níveis descontextualizados e disfuncionais de ansiedade podem perturbar o desempenho de tarefas, prejudicar o raciocínio e comprometer uma vida saudável. São exemplos de ansiedade disfuncional: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do estresse pós-traumático.
Já o medo exagerado com consequente evitação de situações relacionadas com o evento/objeto temido é conhecido como fobia. Como exemplos de fobias temos: agorafobia, fobias específicas (de animais, de viajar de avião, de lugares fechados) e fobia social.
André Pinto

Lobotomia

Lobotomia, mais apropriadamente chamada leucotomia (já que lobotomia refere-se a cortar as ligações de qualquer lobo cerebral) é uma intervenção cirúrgica no cérebro, onde são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Foi utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia. A lobotomia foi uma técnica bárbara da psicocirurgia que não mais é usada.

O procedimento leva a um estado algo sedado de baixa reatividade emocional nos pacientes.

Egas Moniz

Foi desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português António Egas Moniz (1874-1955), em equipa com o cirurgião Almeida Lima, na Universidade de Lisboa. Egas Moniz veio a receber com este trabalho o prêmio Nobel da Medicina e Fisiologia em 1949.
A Leucotomia foi a primeira técnica de Psicocirurgia, ou seja, a utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica (em contrapartida à neurocirurgia que se ocupa de doentes com patologia orgânica directa ou neurológica).
Inicialmente foi usada para tratar depressão severa. Egas Moniz sempre defendeu o seu uso apenas em casos graves em que houvessem riscos de violência ou suicídio. No entanto apesar de cerca de 6% dos pacientes não sobreviverem à operação, e de vários outros ficarem com alterações da personalidade muito severas, foi praticada com entusiasmo excessivo em muitos países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos.

Hoje em dia a leucotomia tal como exemplificada por Egas Moniz já não é praticada devido aos efeitos secundários severos. No entanto ainda hoje se praticam raramente técnicas diretamente descendentes da leucotomia original, mas com inflicção de lesões selectivas em regiões bem delimitadas. Os efeitos secundários destas técnicas são bem mais incomuns, mas devido à irreversibilidade do tratamento e às mudanças na personalidade do doente inevitáveis, elas são utilizadas apenas em última instância caso todos os outros tratamentos possíveis tenham-se revelado ineficazes. É assim praticada em alguns casos de dor crónica intratável (tratamento paliativo), neurose obsessiva, ansiedade crónica ou depressão profunda prolongada.



Flávia Ferreira

Xenofobia

Xenofobia é o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas estranhas ao meio daquele que as julga ou que vêm de fora do seu país.

A xenofobia pode manifestar-se de várias formas, como o medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades, agressão e desejo de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza. Xenofobia pode também assumir a forma de uma "exaltação acrítica de outra cultura" à qual se atribui "uma qualidade irreal e estereotipada.A xenofobia pode ter como alvo não apenas pessoas de outros países, mas de outras culturas, subculturas ou sistemas de crenças. 


O medo do desconhecido pode ser mascarado no indivíduo como aversão ou ódio, gerando preconceitos. Em senso mais restrito, xenofobia é o medo excessivo e descontrolado do desconhecido. Neste sentido, é uma doença e insere-se no grupo das perturbações fóbicas, caracterizadas por ansiedade clinicamente significativa, provocada pela exposição a uma situação ou objeto temido (neste caso, as pessoas ou situações estranhas ao doente). Pessoas que apresentam este terror persistente, irracional, excessivo e reconhecido como tal, tendem a evitar o contato com estranhos uma vez que esta situação lhes provoca extrema angústia, ansiedade, aumento da tensão arterial e da frequência cardíaca. Nos casos mais graves pode, inclusive, motivar um ataque de pânico. O evitamento, antecipação ansiosa ou mal-estar em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, o exercício ocupacional, os relacionamentos e atividades sociais.
Flávia Ferreira

domingo, 4 de março de 2012

O que é a psicologia criminal?

  • A psicologia criminal dedica-se ao estudo do comportamento criminoso, fazendo uma ligação entre a psicologia e o direito. Esta área da psicologia aplicada tenta encontrar as causas que levam a um comportamento desviante e o que desencadeia esse comportamento, assim como os efeitos sociais. Os objectivos da psicologia criminal são encontrar medidas de prevenção, reconstruindo o percurso de vida do indivíduo delinquente e compreender os processos mentais que o levaram à criminalidade.
  • Esta ciência nasceu da necessidade de fazer leis adequadas para indivíduos considerados doentes mentais. Um psicólogo especializado nesta área deverá ter conhecimentos referentes às doenças mentais, à psicologia em si e às leis civis.


Mafalda Liz