Psicopatia: Trauma ou Predesposição genética?

Um psicopata é um indivíduo clinicamente perverso que tem uma personalidade psicopática.

A psicopatia é um disturbio mental que pode ser adquirido nos primeiros meses de vida, ou também como consequência de traumas ao longo da vida até à adolescência. A psicopatia é caracterizada por um desvio de caractér, ausência de sentimentos genuínos, sensibilide aos sentimentos alheios (compaixão), ausência de culpa e remorsos; é caracterizada também pela frieza, manipulação e egocentrismo. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e total ausência de emoção.

A estrutura da nossa personalidade é formada atè cerca dos 10 anos de idade, nesta fase as crianças têm necessidades que são essenciais para o seu desenvolvimento intelectual. Necessidade de se sentir amada e protegida, necessidade de ser educada e de aprender quais são os seus limites e regras. O fator mais importante para este desenvolvimento é o núcleo familiar.

Sob um ponto de vista clínico, os psicopatas nascem com um cérebro diferente. Nas pessoas normais, o sistema límbico (sistema responsável pelas emoções), reagiria de formas distintas a diversas situações, por exemplo, ver um filme de comédia e observar uma tragédia que vitimou centenas de pessoas. Num psicopata, o sistema límbico não funciona o que significa que para as mesma situações, reagiriram da mesma forma, ou seja individuos com personalidade psicopata não sentem emoção e reagem de forma equivalente a qualquer tipo de situação.

É importante distinguir psicopata de doente mental. A maldade existe e também existem pessoas más. Ao contrário do que é aceite pela sociedade, o psicopata não é um doente mental. O doente mental sofre com alucinações e delírios e não tem ciência (técnica) naquilo pratica, vive numa realidade paralela. Enquanto que o psicopata sabe exatamente aquilo que faz, a quem e por que razão.

Para concluir é relevante afirmar que nem todas as pessoas que sofreram algum tipo de abuso ou perda na sua infância ou adolescência irá tornar-se num psicopata sem ter alguma influência genética ou disturbio mental. Portanto a junção dos três fatores torna-se essencial para a formação de um psicopata; tem de se considerar desde a genética, traumas psicológicos a disfunções cerebrais.

Para mais informação sobre psicopatas/psicopatia aconselho o livro “Mentes perigosas: o Psicopata Mora ao Lado” de Ana Beatriz Barbosa Silva e a bastante conhecida série “Dexter”.

Flávia Ferreira