domingo, 29 de abril de 2012

Estereótipos



Um Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
É uma conceito infundado sobre um determinado grupo social, atribuindo a todos os seres desse grupo uma característica, frequentemente depreciativa; modelo irreflectido, imagem preconcebida e sem fundamento.


“um estereótipo é uma super-generalização: não pode ser verdadeira para todos os membros de um grupo”, - J.Gahagan



  • Estereótipos Na Sociedade





  • Estereótipos raciais e étnicos


 São estereótipos direccionados a diferentes etnias e raças. Nesta categoria existem muitos estereótipos preconceituosos como aqueles que dizem “os colombianos são traficantes”, “os muçulmanos são terroristas”, “os índios são violentos”, “todos os alemães são prepotentes”, e outros menos impactantes como “angolanos são os melhores corredores do mundo”, “os negros são melhores no basquete”. Neste tipo de estereótipo ainda incluem aqueles relacionados ao racismo que é o tipo de preconceito mais frequente no nosso país, e que se baseia na discriminação de indivíduos que possuem uma raça diferente da pessoa que julga.


  • Estereótipos de género


Os estereótipos de género são frequentemente definidos como o conjunto de crenças estruturadas acerca dos comportamentos e características particulares do homem e da mulher. Funcionam como esquemas cognitivos que controlam o tratamento da informação recebida e a sua organização, a interpretação que se faz dela e os comportamentos a adoptar. Podem ser divididos em dois tipos: os estereótipos de papéis de género, que dizem respeito às crenças relativas às actividades adequadas a homens ou a mulheres; os estereótipos de traços de género, que remetem para as características psicológicas atribuídas distintamente a cada um dos géneros.


  • Estereótipo socioeconómico



São estereótipos relacionados com a questão financeira de cada indivíduo e de  grupos de indivíduos. Exemplos: “Os mendigos são mendigos por opção”, “os trabalhadores da construção civil são preguiçosos”, “as freiras são mesquinhas”, entre outros.
Existem também estereótipos no meio profissional, direccionados a certas profissões, estereótipos em relação à opção sexual (gays, lésbicas e bissexuais), estereótipos no mundo da estética, e ainda aqueles muito comuns nas escolas como os “nerds”, que são alunos que se destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito introvertido, e.t.c..



Ana João


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cultura e Relatividade Cultural


Definimo‐nos como seres humanos graças a uma herança genética recebida no momento da concepção, mas sobretudo graças a uma herança cultural que nos é transmitida pelo processo de socialização imediatamente após o nascimento.
A cultura é o conjunto de produções materiais (edifícios, estradas, instrumentos, etc ) e espirituais (valores, normas morais, etc.) que é herdado, enriquecido, transformado e transmitido às gerações seguintes. A cultura é um fenómeno universal (não há sociedade sem cultura), mas não é uniforme; varia no espaço e no tempo. Com efeito, as sociedades humanas, ao longo do tempo, responderam de modo diferente à necessidade de organizar a vida e a convivência sociais.
A relatividade cultural tem a ver com a diversidade cultural. Significa que não se pode compreender um comportamento fora do seu contexto sócio-cultural específico. A relatividade cultural implica diferentes padrões culturais.
Diferentes, as culturas não vivem à margem umas das outras. Não são fechadas, são susceptíveis de mudança. A aculturação é o conjunto de mudanças que se verificam nos padrões originais de uma cultura, por via do contacto com padrões de sociedades diferentes: trata‐se de uma reformulação, em muitos casos, de hábitos, costumes e de valores em virtude de contágio cultural.




                                                                                                                                              
                                                                                                                                             André Pinto

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Atitude



 É um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento particular.

Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo – crenças e ideias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que, por sua vez, levam a uma série de tendências comportamentais: predisposições.

Portanto, toda atitude é composta por três componentes: um cognitivo, um afetivo e um comportamental:

A cognição – o termo atitude é sempre empregado com referência à um objeto.  Este objeto pode ser uma abstração, uma pessoa, um grupo ou uma instituição social.
O afeto – é um valor que pode gerar sentimentos positivos, que, por sua vez, gera uma atitude positiva; ou gera sentimentos negativos que pode gerar atitudes negativas.
O comportamento – a predisposição : sentimentos positivos levam à aproximação; e negativos, ao esquivamento ou escape.
Ana João

quinta-feira, 19 de abril de 2012

ESTEREÓTIPO

É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada.

Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.

Daniel Leite

terça-feira, 17 de abril de 2012

As atitudes

Comportamento racista
Em psicologia, o comportamento é o conjunto de procedimentos ou reacções do indivíduo ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio, isto é, comportamento é a relação do indivíduo com o seu mundo. Nesse sentido dizemos que o comportamento é função de sua relação com o contexto, presente e passado. Interessa a história genética da espécie, a história pessoal da pessoa que se comporta e a cultura em que esta se encontra.
Por outro lado, temos as atitudes, que ao contrário daquilo que usamos normalmente em linguagem comum não é a mesma coisa que comportamento (ex: "Não gostei da tua atitude ontem quando deitaste lixo para o chão.").
Uma atitude é a tendência para responder a um objecto social - situação, pessoa, grupo ou acontecimento - de modo favorável ou desfavorável. Portanto, a atitude não é um comportamento, mas sim uma predisposição, tendência, ideia ou opinião. É a tomada de posição intencional de um indíviduo face a um objecto. (ex: opinião de um determinado indíviduo relativamente ao casamento homossexual em Portugal.)





Flávia Ferreira

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Inconformismo e inovação

A história da humanidade testemunha que a mudança a todos os níveis foi desencadeada por concepções, atitudes, e comportamentos que não respeitaram o que socialmente estava estabelecido como correcto e desejável. Foi o inconformismo de alguns Homens que transformou o modo como os seres humanos se concebem.
Inconformismo – adopção de concepções, atitudes e comportamentos que vão contra as normas de um grupo e não respondem às suas expectativas. É também a capacidade de pensar e fazer qualquer coisa diferente.
 O efeito das minorias


 A consistência das respostas da minoria é condição de influência sobre a maioria, talvez porque intensifica o conflito com a maioria. Assim, para ser atenuante, a minoria deve ser coerente e consistente nas respostas e nos comportamentos. Ao aparecer confiante e segura das suas posições ao longo do tempo, a sua possibilidade de influência aumenta, porque a maioria passa a ter em conta as suas posições.
Inovação – processo de influência social é promovido por uma minoria que visa as mudanças das normas e regras sociais de um dado grupo. Isto ocorre quando há conflito no interior de um dado grupo, que, proporciona também oportunidades para a reflexão  e a procura de novas respostas e sentidos.
Luís Rocha

Obediência

A partir da experiência de Milgram chegou-se à conclusão que a obediência acontece quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas acções que levam a cabo, sob ordens de uma figura de autoridade; consideram que esta se responsabiliza pelas consequências dos seus actos.

 Factores que influenciam a obediência
1.Proximidade com a figura de autoridade – quanto mais próxima estiver a figura de autoridade, maior é a obediência.
2.A legitimidade da figura de autoridade – quanto mais reconhecida for a autoridade, maior é a obediência. A bata e a farda aumentam essa legitimidade.
3.A proximidade da vítima – quando não há proximidade com a vítima há uma obediência total, quando a vítima é observada pelos participantes apenas alguns obedecem.
4.A pressão do grupo – quando alguém se recusa a obedecer a ordens dos superiores, grande parte deles também não obedece, ou seja, o efeito do grupo anulo a o efeito da autoridade do experimentador.




Luís Rocha

Conformismo

Forma de influência social que resulta do facto de uma pessoas mudar o seu comportamento ou as suas atitudes por afeito ou pressão do grupo.


Processos subjacentes ao comportamento conformista

1.A unanimidade do grupo – o conformismo é maior nos grupos em que há unanimidade.
2.A natureza da resposta – O conformismo aumenta quando a resposta é dada publicamente. Esta é a razão do uso do voto secreto, para assegurar o máximo de liberdade e independência na escolha.
3.A ambiguidade da situação – a pressão do grupo aumenta quando não estamos certos do que é correcto.
4.A importância do grupo – quanto mais atractivo for o grupo para a pessoa maior é a probabilidade de ela se conformar.
5.A auto estima – as pessoas com um nível mais elevado de auto estima são mais independentes do que as que têm uma auto estima mais baixa, que são, naturalmente, mais conformistas.
As razões que levam as pessoas a conformar-se são as mesma que as levam a fazer parte de grupos: a necessidade de ser aceite e de interagir com os outros.



Luís Rocha

Influência Social

Interacção grupal – influência mútua que os membros de um grupo exercem entre si.
Influência social – processo através do qual as pessoas modificam o seu comportamento, as suas atitudes, as suas convicções emoções em função de outrem. Pode ser grupal ou individual.

Processos de influência entre indivíduos

Norma – é um esquema de comportamentos, seguidos pela maioria, que estabelece o que as pessoas podem ou não podem fazer em determinadas situações que implicam o seu cumprimento . É expressão da influência social. Indica um limite que não deve ser ultrapassado. As normas orientam o comportamento.
É graças ao conjunto de normas que os comportamentos dos indivíduos de um dado grupo social são uniformizados, o que é uma vantagem, porque sabemos o que podemos esperar dos outros e o que os outros esperam de nós. As normas permitem, portanto, prever o comportamento dos outros. (Experiência de Milgram no autocarro.)



Função das normas:
·Uniformizar os comportamentos;
·Estabelecer limites;
·Prever comportamentos;
·Prevenir desvios comportamentais;
·Assegurar a estabilidade do comportamento dos indivíduos.

 A não aceitação das normas:
·Sanção/ Castigo
·Marginalização

Normalização – processo de elaboração de normas por parte dos elemetos de um grupo quando elas não existem de forma explícita.
 Luís Rocha

Hippies e contracultura

Os hippies eram parte do movimento de contra cultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA.Foi um movimento de uma juventude rica e escolarizada que recusava a injustiças e desigualdades da sociedade americana, nomeadamente a segregação racial. Desconfiava do poder económico-militar e defendia os valores da natureza. Na sua expressão mais radical, os jovens hippies abandonavam o conforto dos lares paternos e rumavam para as cidades, para aí viver em comunidade com outros hippies. Dois valores defendidos eram a "paz" e o "amor", opunham-se a todas as guerras, incluindo a que o seu próprio país travava no Vietname. 
Defendiam o "amor livre", quer no sentido de "amar o próximo", quer no de praticar uma actividade sexual bastante libertadora.Outro aspecto valorizado era o uso de drogas, que no início não foi considerado perigoso nem proibido. Os hippies alegavam que as drogas ajudavam a "abrir a mente". A música pop, com as suas baladas melodiosas, e a música rock com os seus ritmos frenéticos, constituíram um meio poderoso para expressão da filosofia hippie. Escrita sob o efeito de drogas e ouvida nas mesmas circunstâncias, julgava-se que a música tinha um efeito libertador da mente. As raízes do movimento Hippie podem ser detectadas desde os anos 40, após os final da II Guerra Mundial: após um período de 30 anos com duas guerras altamente destrutivas e uma prolongada depressão económica, começaram a despontar sinais de uma contra cultura, contestatária do sistema. Assim desde 1970 muito do estilo hippie tornou-se parte da cultura, disseminando a sua essência por todas as áreas das sociedades actuais.


 Luís Rocha


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Processos Mentais Conativos

A conação é vista como um conjunto de processos que se ligam à execução de uma acção ou comportamento, os processos através dos quais se formam as inquietações, as tendências, as vontades e as intenções para agir ou actuar.

No fundo, a conação é o que faz com que um individuo se mova em direcção a um fim ou a um objectivo através da motivação, empenho, vontade e desejo para assim que este tenha um significado, como representado na figura abaixo.





Tendencia/ Intencionalidade
A intencionalidade de um pensamento, emoção, percepção, etc. existe quando esse mesmo pensamento, emoção ou percepção é acerca de algo. Isto é, dizer que um estado mental tem intencionalidade significa que ele é acerca de alguma coisa. Por exemplo, quando pensamos, pensamos acerca de alguma coisa, logo o pensamento é intencional; quando sentimos, sentimos em relação a alguma coisa, logo o sentimento é intencional.
A tendência é o impulso espontâneo que orienta a conduta do indivíduo, vai do sujeito para o objecto, responde a uma necessidade interna e leva-nos a concretizar os nossos próprios objectivos. É omnipresente, persistente e inacabada. Face a uma necessidade, um desequilíbrio, há um impulso ou tendência que nos leva a querer satisfazê-la rápida e eficazmente. Depois da resposta dada, encontramo-nos saciados e, por isso, reequilibrados.

Ana João