quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Construtivismo de Piaget


 O Construtivismo é o processo de desenvolvimento mental da criança.
Desenvolvimento esse que começa a partir do nascimento (a partir do momento em que tem contacto com o mundo) até  à idade adulta (altura em que o desenvolvimento mental estará completo).
Jean Piaget realizou inúmeras experiências que permitiram concluir que
ninguém nasce com uma capacidade de raciocínio definida, mas sim que no Homem essa capacidade vai sendo construída, ou seja, desenvolvida.
Para que a capacidade de raciocino se desenvolva é preciso que hajam estímulos, por outras palavras, necessidades. Se imaginarmos que uma criança está em estado de equilíbrio e esse estado é perturbado por um factor por exemplo de ordem biológica como a fome, esta vai agir de maneira a restabelecer o equilíbrio inicial. Para tal ela vai realizar as actividades necessárias para repor o equilíbrio inicial. O adulto responde da mesma maneira às suas necessidades, portanto tanto um como o outro agem conforme os seus interesses. A diferença entre o adulto e a criança está na capacidade intelectual (em termos de raciocínio) e é mais evoluída no adulto que na criança.
Se a capacidade de raciocínio sofre um processo evolutivo, tal significa que passa por várias fases de desenvolvimento (designadas por Piaget de estádios de desenvolvimento).  Piaget dividiu esta evolução em seis estádios diferentes sendo que os três primeiros se podem agrupar num só. No primeiro estádio, chamado estádio sensório – motor, como o próprio nome indica, ocorre um desenvolvimento ao nível das capacidades motoras e sensoriais. Este estádio caracteriza-se por o bebé começar a  coordenar os seus movimentos e as suas capacidades sensoriais, pela aprendizagem da manipulação de alguns objectos e começa a organizá-los em várias categorias diferentes.

No estádio seguinte (estádio da representação ou pré-operatório) a criança desenvolve uma linguagem, permitindo-lhe assim programar mentalmente as acções para mais tarde concretizar, é também uma fase em que surge uma grade curiosidade, questionado-se sobre tudo o que o rodeia (de uma forma muito objectiva), começa também a realizar raciocínios básicos como comparar, somar, subtrair ou ordenar etc. e
revela alguma facilidade em adaptar-se a novas situações.

O terceiro estádio é o estádio das operações concretas, na qual aprende a realizar operações mais complexas como classificar, entre outros, torna-se mais sociável, descobre a reversibilidade de algumas operações e começa a relacionar o passado com o presente.

 O último e quarto estádio caracteriza-se por um pensamento abstracto, o jovem torna-se capaz de formular hipóteses e começa a preocupar-se mais com a sociedade e com as grandes questões que sempre acompanharam a humanidade.

É claro que todo este desenvolvimento é influenciado por diversos factores que aceleram ou atrasam este processo, sendo os mais notórios os seguintes:
•  O meio onde vive, nomeadamente a cultura das pessoas com que se relaciona ;
•  As opções que lhe são dadas;
•  A actividade e a experiência física e mental;
•  E os factores biológicos, tais como as heranças genéticas, normal funcionamento dos sistemas motor e nervoso entre outros. Existem dois processo fundamentais, na construção do conhecimento, são eles: acomodação e assimilação. Estes dois processos mostram uma relação entre o meio que nos rodeia e o sujeito, em que o este assimila informação proveniente do meio, que depois é organizada em esquemas gerais e que são mais tarde adaptados a situações novas, ou seja, acomoda-se a novas situações. Da relação entre estes dois processos que foram referido resulta o que se chama de equilibração,  que é um processo que tenta através da assimilação e acomodação repor o equilíbrio ou conquistar um equilíbrio mais estável.
Ana João

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