“Penso, logo existo". A máxima do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) é hoje o mote de vivas polémicas em torno dos conceitos de mente, consciência, emoção e razão. Descartes, inspirou intelectuais e cientistas por séculos com seu método analítico de raciocinar. A sua frase emblemática sugere que o homem é definido pela capacidade de pensar e pelo facto de saber que pensa. Ao mesmo tempo, o sábio concebe a mente como uma entidade não material, habitante da cabeça dos homens, mas, em essência, diferente do cérebro. Recentes estudos sobre o cérebro revelam que Descartes estava enganado. A identificação dos processos físicos e químicos ocorridos na imensa teia dos neurónios prova que a consciência - ou pelo menos boa parte dela - se produz no mundo da matéria.
As novas descobertas não significam, entretanto, que tenha sido desvendado o mistério da mente humana, da capacidade de sentir, de analisar e de reagir ao mundo. Ao contrário, as pesquisas mostram que o cérebro, tal qual os sistemas galácticos, encerra enigmas que desafiarão muitas das próximas gerações.
João Ribas
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