quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Socialização - é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria. É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável. O processo de socialização inicia-se, contudo, após o nascimento, e através, primeiramente, da família ou outros agentes próximos, da escola, dos meios de comunicação de massas e dos grupos de referência que são compostos pelas nossas bandas favoritas, atores, atletas, super-heróis, etc. A Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos sistemas sociais.
É o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
Tipos:• Socialização primária - onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
• Socialização secundária - todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas actividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.
João Ribas
Hemisférios cerebrais


O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério esquerdo, é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, é responsável pelo pensamento simbólico e criatividade. Nos canhotos as funções estão invertidas. O hemisfério esquerdo diz-se dominante, pois nele localiza-se 2 áreas especializadas: a Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke (W), o córtex responsável pela compreensão verbal.
O corpo caloso, localiza-se no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura sagital, é a estrutura responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Essa estrutura, composta por fibras nervosas de cor branca (feixes de axónios envolvidos em mielina), é responsável pela troca de informações entre as diversas áreas do córtex cerebral.
O córtex motor é responsável pelo controle e coordenação da motricidade voluntária. Traumas nesta área causam fraqueza muscular ou mesmo paralisia. O córtex motor do hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, e o córtex motor dos hemisférios direito controla o lado esquerdo do corpo. Cada córtex motor contém um mapa da superfície do corpo: perto da orelha, está a zona que controla os músculos da garganta e da língua, segue-se depois a zona dos dedos, mão e braço; a zona do tronco fica ao alto e as pernas e pés vêm depois, na linha média do hemisfério.
O córtex pré-motor é responsável pela aprendizagem motora e pelos movimentos de precisão. É na parte em frente da área do córtex motor correspondente à boca que reside a Área de Broca, que tem a ver com a linguagem. A área pré-motora fica mais activa do que o resto do cérebro quando se imagina um movimento, sem o executar. Se se executa, a área motora fica também activa. A área pré-motora parece ser a área que em grande medida controla o sequenciamento de acções em ambos os lados do corpo. Traumas nesta área não causam nem paralisia nem problemas na intenção para agir ou planear, mas a velocidade e suavidade dos movimentos automáticos (ex. fala e gestos) fica perturbada. A prática de piano, ténis ou golfe envolve o «afinar» da zona pré-motora - sobretudo a esquerda, especializada largamente em actividades sequenciais tipo série.
Cabe ao córtex do cerebelo, fazer a coordenação geral da motricidade, manutenção do equilíbrio e postura corporal. O cerebelo representa cerca de 10% do peso total do encéfalo e contém mais neurónios do que os dois hemisférios juntos.
O eixo formado pela adeno-hipófise e o hipotálamo, são responsáveis pela  auto regulação do funcionamento interno do organismo. As funções homeostáticas do organismo (função cardio-respiratória, circulatória, regulação do nível hídrico, nutrientes, da temperatura interna, etc.) são controladas automaticamente.

João Ribas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Cultura

  • Herança social constituída por condutas, ideias, costumes, sentimentos, atitudes e tradições comuns a uma colectividade e transmitidos às gerações seguintes
  •   Á medida que as regras de conduta da tradição social começam a exercer influencia no indivíduo, as respostas naturais, directas, universais e instintivas vão sendo substituídas por outras menos naturais, que acordam com os valores, crenças e costumes próprios e particulares do contexto social em que o individuo se desenvolve
  •   Os caracteres inatos (natureza dada) perdem terreno em favor de caracteres adquiridos e de influência social (natureza adquirida -> Cultura)
  •   Elementos da cultura: tudo o que é humano é cultura, desde o que o homem faz, até àquilo que diz e que pensa (aspectos material e espiritual)
  •   De modo particular, a cultura refere-se aos comportamentos implicados quer no fabrico de objectos materiais, quer no estabelecimento de relações sociais, quer ainda na elaboração de sistemas simbólicos


A cultura desenvolveu-se a partir do momento em que se começaram a sentir necessidades de segunda ordem, derivadas das necessidades primárias ou biológicas (Ex. necessidade de fabricar veículos motorizados como resposta à necessidade de deslocamento)

Ana João

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O cérebro como um sistema auto-organizado

À nascença, o bebé tem todas as áreas corticais formadas devido à corticalização (fenómeno de construção do córtex cerebral) ocorrido na gestação. No entanto, isto não significa que o desenvolvimento cerebral esteja concluído. Ao longo do crescimento, e em especial nos primeiros 6 meses de vida, observam-se modificações alucinantes do córtex, com a construção de ramificações e contactos entre células.

O desenvolvimento do córtex cerebral e consequente estabelecimento de funções e conexões entre áreas corticais é influenciado pelo património genético, mas também pelos estímulos do meio ambiente recebidos. Assim, é de extrema importância a qualidade do meio intra-uterino e os estímulos recebidos após o nascimento e ao longo da vida. O desenvolvimento cerebral acontece, então, através de um processo auto-organizado com constante selecção de redes neuronais (morte de neurónios e eliminação de sinapses com consequente consolidação de outros neurónios e estabelecimento de novas sinapses).

Daniel Leite

O que é a Psicologia Educacional?

A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais e o comportamento humano. A educação é a construção do conhecimento, que engloba ensinar e aprender.
 Psicologia educacional é a área da psicologia que aborda todas as problemáticas referentes à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos (portanto está relacionada com a psicologia do desenvolvimento).
Cabe ao psicólogo educacional analisar a eficácia das estratégias educacionais, desenvolver projectos educativos, bem como desenvolver as capacidades das crianças com dificuldades de aprendizagem, em instituições educativas (escolas, creches, jardins de infância, internatos, instituições de reeducação, actividades de tempos livres, etc.).    Estuda também o funcionamento da própria instituição enquanto organização (portanto está relacionada com a psicologia social e das organizações). O psicólogo da educação pode intervir, tal como o psicólogo clínico, em dificuldades de natureza mental e emocional. Desde as perturbações de sono e alimentares até maus-tratos e abusos sexuais, numa perspectiva educacional.

                                                                                                                     Mafalda Liz

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sinapse e a Comunicação Nervosa

A função principal do neurónio é a transmissão de impulsos nervosos. Estes são modificações de energia de natureza eléctrica ou química. Designa-se por influxo nervoso os impulsos nervosos que circulam nos nervos.
Os neurónios são células especializadas na recepção e transmissão de sinais às células adjacentes. Cabe às dendrites captar o estímulo, gerar o impulso nervoso e conduzi-lo ao corpo celular do neurónio. O impulso é transmitido ao axónio e conduzido às ramificações terminais. Estas aproximam-se das dendrites do neurónio vizinho, não mantendo, contudo entre si contacto físico. O ponto de contacto especializado através do qual o sinal é transmitido designa-se por sinapse.

Na sinapse – ponto de comunicação entre neurónios – estão envolvidos os seguintes elementos:
  • a terminação axónica do neurónio emissor (pré-sináptico);
  • uma dendrite do neurónio receptor (pós-sináptico);
  • um espaço cheio de líquido entre os neurónios - o espaço ou fissura sináptica.
Quando o impulso atinge os terminais - axónios do neurónio pré-sináptico - induz a libertação de neurotransmissores que se difundem no espaço sináptico e são captados pelos receptores do neurónio pós-sináptico.


Daniel Leite
Estratégias: Psicologia e poker

Uma das estratégias de poker mais conhecidas – porém menos dominadas, podendo levar aos maiores fracassos - é o blefe.
O típico blefe consiste em apostar quando, na realidade, são quase nulas as chances de ganhar. Por exemplo, se o jogador tem a possibilidade de um flush mas não recebe a carta necessária nem no turn nem no river, o blefe poderia fazer com que o rival deste jogador se retirasse e, graças a isso, ele poderia ganhar – mesmo com uma mão mais fraca.
Sempre, antes de tentar um blefe, convém considerar vários fatores:

- Número de adversários: se forem poucos, melhor. 1 ou 2 seria o ideal.
- Tipo de adversário: os jogadores fracos são tentados pela curiosidade. É possível que estes paguem as apostas com mãos de pouco valor.
- Quantidade de fichas no pote: se a quantidade de dinheiro no pote for considerável, será mais difícil obter êxito com o blefe.
- A própria imagem como jogador: se você for um jogador sólido, estável, terá maior credibilidade.
- O avanço das jogadas durante a partida: observando o desenrolar do jogo, fica mais fácil determinar o melhor momento de blefar.
- A posição do jogador: a última é a melhor posição para o blefe.
- O tipo de flop: se sobre a mesa houver cartas altas, muito provavelmente alguém terá um bom jogo. É melhor esquecer do blefe nos limites menores. Nos maiores - visto que são muitos os oponentes agressivos,
 o blefe será uma arma relevante para evitar ser considerado demasiadamente previsível.

Inês Sousa
Imperativo Categórico

Imperativo categórico é um dos principais elementos da filosofia de Immanuel Kant. Sua ética e moral têm como base esse preceito. Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa de agir conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam, que ela quer que seja uma lei da natureza humana.
O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas, são estas:
O próprio imperativo categórico, sobre o qual Kant coloca: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da natureza".
O imperativo universal: "A máxima do meu agir deve ser por mim entendida como uma lei universal, para que todos a sigam".
O imperativo prático: "Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio".

Inês Sousa
Espinal medula

Funções
 
Centro reflexo
A espinal medula é o maior centro reflexo: os reflexos espinais são mediados por ela (a espinal medula faz parte do nível mais baixo do controle motor). Portanto, ela, em primeiro lugar, participa no controlo motor. Além disso, o gerador central do padrão (MPG), responsável pela iniciação dos movimentos ligados à locomoção, encontra-se na espinal medula. No entanto, o programa deste gerador é bastante simples, sendo ele modulado e controlado pelos centros superiores. A espinal medula serve também para a condução dos sinais sensoriais ao encéfalo (vias ascendentes) e dos sinais motores do encéfalo à periferia (vias descendentes). A medula espinal participa também no controlo descendente das vias ascendentes.
 
Movimentos voluntários e actos reflexos
A maior parte da actividade do sistema nervoso é automática ou reflexa, por exemplo quando alguém nos belisca um braço. O belisco estimula os receptores sensitivos da pele e um nervo transmite o impulso à espinal-medula. Os neurónios devolvem a mensagem, através dos nervos motores, aos músculos do braço, que se contraem e fazem com que retiremos imediatamente.
Este processo reflexo ou arco é o sinal de que o impulso nervoso captado pelos receptores sensitivos da pele não se dirige ao córtex cerebral para que este dê uma resposta; na realidade, o seu trajecto é muito mais curto: a espinal-medula.
Pelo contrário, a actividade voluntária, tem a sua origem em diversas partes do córtex cerebral, concretamente nas áreas motoras. Destas áreas partem os impulsos, através da espinal-medula e dos nervos motores, em direcção aos músculos.

Inês Sousa


 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Menina perde metade do cérebro


Cameron Mott, de 9 anos de idade, surpreendeu médicos e familiares ela tinha uma doença que provocava um gravíssimo quadro degenerativo denominado síndrome de Rasmussen. A doença vinha corroendo o lado direito de seu cérebro há seis anos. Por conta disso, quase 50% do seu cérebro foi removido por ordem médica, e não só sobreviveu como já faz planos para o futuro.
A lenta destruição causava convulsões violentas que, na opinião médica, só poderiam ser evitadas por meio da pura e simples remoção de metade do cérebro de Cameron. Contrariando a literatura médica, a menina já consegue correr e brincar ,as únicas sequelas foram uma “pequena debilidade” nos movimentos e a perda da visão periférica.
 A recuperação de Cameron ilustra uma situação raríssima em que o cérebro promove uma “reconfiguração”.
E já avisou aos pais que deseja ser bailarina.

André Pinto

AVC

O que é?


O Acidente Vascular Cerebral é uma patologia associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações são de 2 tipos: isquémicas e hemorrágicas.
Fatia de cérebro de uma pessoa que foi vítima
de um AVC
As primeiras implicam uma redução no fluxo sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante porque permite transportar para o cérebro oxigénio e nutrientes essenciais ao funcionamento das células que o constituem. Se esse fluxo é reduzido ou interrompido, as células cerebrais deixam de receber esses elementos essenciais e acabam por morrer. As alterações hemorrágicas correspondem a alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo a ruptura dos mesmos. Assim, há saída de sangue desses vasos provocando a formação de um aglomerado de sangue que comprime as estruturas cerebrais, alterando o seu funcionamento.

Porque ocorre?
No caso do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a embolia. A trombose acontece quando uma artéria por qualquer razão vai ficando cada vez mais estreita e acaba por se fechar. A embolia acontece quando algo que circula na corrente sanguínea chega a uma artéria com menor calibre e a oclui (mais frequentemente trata-se de coágulos de sangue que se formam nas artérias fora do cérebro ou no coração). 


No caso do AVC hemorrágico as 2 causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, malformações arterio-venosas, mas mais frequentemente alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.


Quais os factores de risco?
  • Idade (acima dos 50-60)
  • Sexo masculino (embora seja mais frequente nos homens, nas mulheres há mais mortalidade)
  • História de AVC na família mais próxima
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes
  • Hiperlipidémia (“gorduras no sangue”)
  • Alcoolismo (especialmente no caso do AVC hemorrágico)
  • Tabagismo
  • Anticonceptivos orais (ex: pílula)
  • Condições de vida: Uma pesquisa da Associação Americana Derrame, sugere que homens solteiros ou infelizes no casamento correm mais risco de sofrer AVC.
Como nos podemos proteger de um AVC?

  • Exercício físico regular de intensidade moderada pelo menos 3 vezes por semana
  • Consumo de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, especialmente o vinho tinto
  • Dieta rica em peixe, cálcio e potássio

Flávia Ferreira


sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Amnésia

A amnésia é a perda completa ou parcial da memória manifestado pela incapacidade total ou parcial de lembrar experiências passadas. Para entender como se dá a perda de memória, primeiro é bom saber como armazenamos as memórias o cérebro humano é um órgão fascinante que nos dá o poder de pensar, falar, imaginar e também nos dá a capacidade de criar e armazenar memórias em termos fisiológicos, uma memória é o resultado de alterações químicas ou mesmo estruturais nas transmissões sinápticas entre os neurônios.
Existem diversos tipos de amnésia, que podem ser causados por doenças ou um traumatismo craniano,algumas vezes, a perda de memória associada à amnésia inclui todo o passado da pessoa outras vezes, apenas alguns pedaços se perdem e pode durar um curto período de tempo ou chegar a semanas ou até meses dependendo da situação.
Conforme o amnésico vai se recuperando, resgata primeiro as memórias mais antigas e depois as mais recentes, até que quase toda a memória tenha sido recuperada. A lembrança daquilo que aconteceu próximo do momento do acidente ou do início da amnésia geralmente nunca é recuperada. As duas formas de amnésia mais discutidas são a amnésia retrógrada e a amnésia anterógrada. Quando a pessoa tem amnésia retrógrada não consegue resgatar memórias que ocorreram antes do início da amnésia. Quando a pessoa tem amnésia anterógrada não consegue se lembrar de coisas que aconteceram após o aparecimento da amnésia.


A formação e o armazenamento de memórias é um processo complexo que envolve diversas regiões do cérebro, incluindo os lobos frontais, temporais e parietais. Uma lesão ou doença nessas áreas pode resultar em graus variados de perda de memória.
André Pinto

O Neurónio


O Neurónio é a unidade-base do sistema nervoso. Os neurónios diferem segundo as suas funções e localização: contudo, podemos afirmar que o neurónio típico apresenta três componentes: o corpo celular ou soma, as dendrites e o axónio.

O corpo celular rodeado por uma fina membrana, inclui o núcleo celular, que é a central de energia da célula.

Ramificações finas – as dendrites - prolongam-se para o exterior recebendo as mensagens dos neurónios vizinhos, conduzindo-as  para o corpo celular. O número de dendrites, que pode atingir as centenas, varia segundo o tipo de neurónio.

O axónio é a fibra principal de saída - a sua extensão pode variar entre escassos milímetros e um metro - que se prolonga a partir do corpo celular e que termina em ramificações chamadas terminais axónicas ou telodendrites. Nas extremidades destas situam-se os botões ou bolbos. Alguns axónios estão cobertos por uma camada de substância branca de matéria gorda, a bainha de mielina, que permite uma mais rápida transmissão da mensagem. Outros são apenas constituídos pela substância cinzenta. 

Para o neurónio manter a sua actividade e assegurar as suas funções tem de ser alimentado com oxigénio e glicose. São as células gliais ou células de glia que alimentam, isolam e controlam o crescimento dos neurónios. A interrupção da alimentação do neurónio provoca a sua morte.
Todos os neurónios estão presentes no momento do nascimento. O desenvolvimento físico provoca o crescimento dos neurónios que aumentam de tamanho, desenvolvendo-se o número de axónios e dendrites, assim como a quantidade de conexões que se estabelecem. Contudo, diferentemente das outras células do corpo, os neurónios não se dividem nem se reproduzem, sendo portanto insubstituíveis.


Tipos de neurónios

Do ponto de funcional podemos distinguir três tipos de neurónios:

Neurónios aferentes ou sensoriais – recolhem a informação do meio exterior ou interior e conduzem-na ao sistema nervosos central, isto é, transportam a mensagem da periferia à espinal medula e ao cérebro;

Neurónios eferentes ou motores – transmitem a informação do sistema nervoso central para os órgãos efectores (músculos ou glândulas)

Neurónios de conexão ou motores – interpretam as informações e elaboram as respostas.

Ana João

Necessidades físico-psicológicas

Todas as crianças possuem algumas necessidades físico-psicológicas que precisam ser cumpridas e atendidas para que a criança cresça normalmente.
A principal necessidade física da criança é a alimentação, da qual as crianças são totalmente dependentes dos adultos nos primeiros anos de vida. Outras necessidades físicas importantes são limpeza e higiene, vestuário adequado e um abrigo. Espaço também é importante - para o exercício de jogos e brincadeiras. Além disso, a criança também depende dos adultos quanto ao aprendizado de bons hábitos de comportamento, tanto à sociedade que o cerca quanto a si mesma - mantendo uma higiene adequada, por exemplo, lavando as mãos antes de comer, não comer nada que tenha caído no chão, escovar os dentes diariamente, etc.
O desenvolvimento das vacinas diminuiu bastante as taxas de mortalidade infantil em muitos países - especialmente em doenças como sarampo, paralisia infantil e varíola (esta última já extinta). Em muitos países, os pais são obrigados a vacinar a criança, pelo menos contra certas doenças como sarampo, paralisia infantil, tuberculose, tétano e difteria, por exemplo. Caso os pais não levem as crianças a postos de vacinação, as crianças poderão ser suspensas da escola, e em casos mais graves, os pais podem perder a guarda da criança. Algumas destas vacinas requerem reimunização - a aplicação de uma nova dose da vacina - regularmente.
As necessidades psicológicas da criança são determinadas pelas habilidades e pelos traços de personalidade que os pais esperam que seu filho desenvolva. Algumas destas são incentivadas em toda sociedade, outras apenas em certas culturas. Todas as crianças possuem certas necessidades psicológicas - como sentir-se amadas e queridas pelos pais.
Espera-se mais responsabilidade e maturidade da criança quando esta passa a ir à escola regularmente - a partir dos seis ou sete anos de idade. As crianças passam a frequentar regularmente um lugar onde regras existem, que devem ser cumpridas - e onde os padrões de comportamento não mudam de um dia para o outro.
                                                                                                                                       Mafalda Liz

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os cinco sentidos

O corpo humano é dotado de cinco sentidos (capacidades) que lhe possibilita interagir com o mundo exterior (pessoas, objetos, luzes, fenômenos climáticos, cheiros, sabores, etc). Através de determinados órgãos do corpo humano, são enviadas ao cérebro as sensações, utilizando uma rede de neurônios que fazem parte do sistema nervoso.
Visão
É a capacidade de visualizar objetos e pessoas. O olho capta a imagem e envia para o cérebro, para que este faça o reconhecimento e interpretação.
Audição
É a capacidade de ouvir os sons (vozes, ruídos, barulhos, músicas) provenientes do mundo exterior. O ouvido capta as ondas sonoras e as envia para que o cérebro faça a interprestação daquele som.
Paladar
Este sentido (capacidade) permite ao ser humano sentir o gosto (sabor) dos alimentos e bebidas. Na superfície de nossas línguas existem milhares de papilas gustativas. São elas que captam o sabor dos alimentos e enviam as informações ao cérebro, através de milhões de neurônios.
Tato
É o sentido que permite ao ser humano sentir o mundo exterior através do contato com a pele. Abaixo da pele humana existem neurônios sensoriais. Quando a informação chega ao cérebro, uma reação pode ser tomada de acordo com a necessidade ou vontade.
Olfato
Sentido relacionado à capacidade de sentir o cheiro das coisas. O nariz humano possui a capacidade de captar os odores do meio externo. Estes cheiros são enviados ao cérebro que efetua a interpretação.









Sérgio Freitas

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Medo


O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo de stress e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da frequência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos. O estímulo pode ser uma aranha, um auditório cheio de pessoas esperando que você fale ou a batida repentina da porta de sua casa.

O cérebro é um órgão extremamente complexo com mais de 100 bilhões de células nervosas constituindo uma rede de comunicações que são o ponto de partida para tudo o que sentimos, pensamos ou fazemos. Algumas dessas comunicações levam ao pensamento e à ação consciente, ao passo que outras produzem respostas autônomas. A resposta ao medo é quase inteiramente autônoma: não a disparamos conscientemente. Como as células do cérebro estão constantemente transferindo informações e iniciando respostas, há várias áreas do cérebro envolvidas no sentimento de medo:



 -Tálamo: decide para onde enviar os dados sensoriais recebidos (dos olhos, dos ouvidos, da boca e da pele).
-Córtex sensorial: interpreta os dados sensoriais.
-Hipocampo: armazena e busca memórias conscientes, além de processar conjuntos de estímulos para estabelecer um contexto.
-Amígdala: descodifica emoções, determina possíveis ameaças e armazena memórias do medo.
-Hipotálamo - ativa a reação.
                                                                                                                         André Pinto

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Amnésia

A amnésia é a perda de memória, parcial ou completa.

É, geralmente, temporária e pode ser devida a:
- Sintomas de diversas doenças neurodegenerativas (aquelas em que o sistema nervoso se deteriora progressiva e irreversivelmente);
- Resultado de danos a partes do cérebro vitais para o armazenamento da memória.

Existem causas orgânicas e psicológicas para a amnésia, tais como:
- Infecções que atingem o tecido cerebral, como encefalites por herpes simples;
- Traumas físicos, como ferimentos ou pancadas na cabeça;
- Derrame cerebral, insuficiência vascular;
- Alcoolismo.
Esse tipo de perda de memória acontece de repente e apresenta uma desorientação durante mais tempo. A pessoa pode ser capaz de se recordar de eventos do passado distante, mas não do que aconteceu ontem ou hoje.


Blackout Alcoólico
Algo semelhante à síndrome amnésica pode ser observado em casos de blackout alcoólico, no qual a pessoa manifesta amnésia sem perda da consciência. O indivíduo intoxicado pode manter uma conversação ou executar outros atos normalmente, mas, após ficar sóbrio, não terá memória do episódio. Blackouts são observados em alcoolistas crónicos, embora possam ocorrer em não-alcoolistas que tenham se intoxicado intensamente. De qualquer modo, essa situação tem maior probabilidade de ocorrer quando a pessoa ingere grandes quantidades de álcool rapidamente, especialmente se estiver muito cansada ou com fome.

Embora exista a ideia de que a memória retorna quando a pessoa pára de beber, pesquisas de laboratório indicam claramente que as lembranças perdidas em um episódio de blackout são irrecuperáveis.


Amnésia psicogénica
A amnésia de origem psicológica é denominada psicogénica e pode prejudicar tanto a memória remota quanto a recente, sendo quase sempre temporária.
Este tipo de perda de memória tende a ser máxima para crises emocionais e, algumas vezes, inclui mesmo uma perda confessa do auto-reconhecimento, podendo ser desencadeada por um acontecimento traumático com o qual a mente não pode lidar. Nesse caso, quase sempre a memória volta, de modo vagaroso ou repentinamente, alguns dias depois, embora a totalidade do trauma não possa ser recordada. Raramente, a pessoa perde a memória total de partes da sua vida.


Flávia Ferreira

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Córtex cerebral e os lobos cerebrais


No cérebro há uma distinção visível entre a chamada massa cinzenta  (córtex cerebral constituído por neurónios) e a massa branca, constituída por axónios que entreligam os neurónios. O córtex cerebral humano é um tecido fino (como uma membrana) que tem uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares de neurónios. As diferentes partes do córtex cerebral são divididas em quatro áreas chamadas de lobos cerebrais, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e os lobos temporais, nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas. Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das perceções resultantes daquilo que os nossos órgãos sensoriais detetam no meio exterior e da informação que fornecem sobre a posição e relação com objetos exteriores das diferentes partes do nosso corpo.


Lobo Frontal
Lobo Frontal
Está envolvido no planeamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.


Lobo Occipital
Esta área é também designada por córtex visual, porque processa os estímulos visuais. É aqui que a informação recebida é comparada com os dados anteriores que permite, por exemplo, identificar um cão, um automóvel, uma caneta. A área visual comunica com outras áreas do cérebro que dão significado ao que vemos tendo em conta a nossa experiencia passada, as nossas expetativas. Por isso é que o mesmo objeto nao é percepcionado da mesma forma por diferentes sujeitos. Uma lesão nesta área provoca "agnosia", que consiste na impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e, em alguns casos, os rostos de pessoas conhecidas ou de familiares.

Lobo Temporal
Tem como principal função processar os estímulos auditivos. Tal como no lobo occipital, é uma área de associação -área auditiva secundária- que recebe os dados e que, em interacção com outras zonas do cérebro, lhes atribui um significado permitindo ao Homem reconhecer o que ouve.


Lobo Parietal

Os lobos parietais, localizados na parte superior do cérebro. Tem por função possibilitar a recepção de sensações, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo, é também responsável por receber os estimulos que têm origem no ambiente, estão representadas todas as áreas do corpo.




Flávia Ferreira

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Laser líquido detecta mutações genéticas que predispõem pessoas ao cancro

Investigadores da Universidade de Michigan, nos EUA, desenvolveram um laser líquido capaz de detectar mais facilmente mutações genéticas que predispõem uma pessoa a um determinado tipo de cancro, avança o portal ISaúde.


Os resultados, publicados na revista alemã Angewandte Chemie, têm potencial para auxiliar na compreensão da base genética de doenças e também pode melhorar a medicina personalizada, que visa criar medicamentos e outras terapias específicas para pacientes com base na sua informação genética.






Segundo os investigadores, a técnica funciona muito melhor do que a abordagem actual, que usa tinta fluorescente e outras moléculas biológicas que se ligam a cadeias de ADN mutante. Quando uma molécula se une a uma célula do cancro, ela emite uma luz fluorescente. Isto pode soar como um sistema sólido, mas não é perfeito. Essas moléculas tendem a ligar-se ao ADN saudável, emitindo um brilho que é ligeiramente mais escuro do que a luz que sinaliza doenças.


"Às vezes, podemos deixar de ver essa pequena diferença. Se não conseguimos detectar essa distinção entre os sinais, podemos chegar a diagnósticos errados. O paciente pode ter o gene mutante, mas ele não é detectado", explica o investigador principal do projecto, Xudong Fan.


Na nova abordagem, o sinal luminoso emitido pelo ADN mutante é centenas de vezes mais brilhante do que o emitido pela técnica actual. "Descobrimos uma maneira inteligente de ampliar a diferença intrínseca entre os sinais saudáveis e de doenças", revela Fan.


Como funcionam?


Lasers líquidos, descobertos no final dos anos 60, amplificam a luz passando-a através de um corante, ao invés de um cristal, como lasers de estado sólido fazem.


Fan desenvolveu um dispositivo único que amplifica o sinal usando o laser líquido num capilar de vidro chamado de "anel de cavidade ressonante".


Em 2011, Fan e o seu grupo de pesquisa descobriu que eles poderiam empregar ADN para modular um laser líquido, ou ligá-lo e desligá-lo. A equipa é uma das únicas no mundo a conseguir esse feito.


Na época, eles não tinham uma aplicação prática em mente. Então eles tiveram a ideia de utilizar o dispositivo como uma ferramenta de diagnóstico por meio da detecção de sinais distintos entre o ADN de célula saudáveis e doentes.



Ana João

Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso é constituído por filamentos que se espalham ao longo do corpo e que se dirigem para o crânio. Estes filamentos são os nervos, a estrutura que se aloja no crânio é o cérebro e a que está no interior da coluna vertebral é a Espinal Medula.

As células constitutivas do sistema nervoso denominam-se neurónios ou neurones. Os neurónios são as unidades elementares do sistema nervoso, variando entre si de acordo com a sua função e localização.

Existem três tipos fundamentais de neurónios:
1. Neurónios sensoriais (ou aferentes);
2. Neurónios motores (ou eferentes);
3. Neurónios de conexão.

A comunicação nervosa consiste em transmitir mensagens de um grupo de neurónios a outro grupo. Dá-se o nome de impulso nervoso a estas mensagens que circulam entre neurónios. É através a sinapse- zona de interacção entre neurónios que as mensagens são transmitidas.

O sistema nervoso central divide-se em duas partes fundamentais: a Espinal Medula e o Cérebro.



Ana João

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lei da Recapitulação

Filogenia (ou filogénese) (grego: phylon = tribo, raça e genetikos = relativo à gênese = origem) é o termo comumente utilizado para hipóteses de relações evolutivas (ou seja, relações filogenéticas) de um grupo de organismos, isto é, determinar as relações ancestrais entre espécies conhecidas (ambas, as que vivem e as extintas). Sistemática Filogenética, proposta por Willi Hennig, é o estudo filogenético desses grupos, geralmente com a finalidade de testar a validade de grupos e classificações taxonómicas. De acordo com esta abordagem, somente são aceites como naturais os grupos comprovadamente monolíticos. A Sistemática Filogenética é uma base sobre a qual diversos métodos foram desenvolvidos, dos quais o dominante actualmente é a Cladística. Todos os métodos, com excepção da parcimónia, dependem de um modelo matemático implícito ou explícito que descreve a evolução dos caracteres observados nas espécies analisadas, e é normalmente usado para filogenia molecular onde os nucleotídeos alinhados são considerados cartares.


No entanto a Ontogenia (ou ontogénese) descreve a origem e o desenvolvimento de um organismo desde o ovo fertilizado até sua forma adulta. A ontogenia é estudada em Biologia do Desenvolvimento. A ontogênese define a formação e desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação do óvulo até à morte do indivíduo. A ideia de que a ontogenia recapitula a filogenia, isto é, que o desenvolvimento de um organismo reflete.

Filogenia (ou filogénese) (grego: phylon = tribo, raça e genetikos = relativo à gênese = origem) é o termo comumente utilizado para hipóteses de relações evolutivas (ou seja, relações filogenéticas) de um grupo de organismos, isto é, determinar as relações ancestrais entre espécies conhecidas (ambas, as que vivem e as extintas). Sistemática Filogenética, proposta por Willi Hennig, é o estudo filogenético desses grupos, geralmente com a finalidade de testar a validade de grupos e classificações taxonómicas. De acordo com esta abordagem, somente são aceites como naturais os grupos comprovadamente monolíticos. A Sistemática Filogenética é uma base sobre a qual diversos métodos foram desenvolvidos, dos quais o dominante actualmente é a Cladística.


Enquanto que nos finais do século XIX, principio do século XX, vários investigadores, entre os quais Ernst Haeckel (1834-1919), defenderam que o desenvolvimento embrionário dos vertebrados recapitularia as etapas de evolução. O desenvolvimento de um peixe pararia prematuramente, enaquanto que o desenvolvimento de um pássaro iria cumprir etapas posteriores. O ser humano avançaria numa evolução através de etapas cada vez mais complexas. Esta lei é uma teoria onde a ontogénese (ou ontogenia) recapitula a filogénese (ou filogenia). No decurso do desenvolvimento de um embrião, este irá reproduzir os estádios de evolução da vida das espécies. Isto significa que a ontogénese será determinada pela filogénese. No primeiro estádio todos os embriões apresentam órgãos que se assemelham a guelras. No segundo estádio a guelra mantém-se, mas desaparecem no terceiro estádio nos animais que não vivem em ambiente aquático. Esta teoria veio a verificar-se falsa, pois Haeckel manipulou os dados para provar a sua teoria

Sérgio Freitas