Definimo‐nos como seres humanos graças a uma herança genética
recebida no momento da concepção, mas sobretudo graças a uma herança cultural que
nos é transmitida pelo processo de socialização imediatamente após o nascimento.
A cultura é o conjunto de produções materiais (edifícios, estradas, instrumentos, etc ) e espirituais (valores, normas morais, etc.) que é herdado, enriquecido, transformado e transmitido às gerações seguintes. A cultura é um fenómeno universal (não há sociedade sem cultura), mas não é uniforme; varia no espaço e no tempo. Com efeito, as sociedades humanas, ao longo do tempo, responderam de modo diferente à necessidade de organizar a vida e a convivência sociais.
A relatividade cultural tem a ver com a diversidade cultural. Significa que não se pode compreender um comportamento fora do seu contexto sócio-cultural específico. A relatividade cultural implica diferentes padrões culturais.Diferentes, as culturas não vivem à margem umas das outras. Não são fechadas, são susceptíveis de mudança. A aculturação é o conjunto de mudanças que se verificam nos padrões originais de uma cultura, por via do contacto com padrões de sociedades diferentes: trata‐se de uma reformulação, em muitos casos, de hábitos, costumes e de valores em virtude de contágio cultural.
André Pinto
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